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PROGRAMA

D. SHOSTAKOVICH

 Sinfonia de Câmara Op. 110a

C. NIELSEN

Concerto para Clarinete e Orquestra, Op.57

      Eduardo Filippe de Lima, clarinete

S. KOUSSEVITZKY

Concerto para Contrabaixo e Orquestra, Op.3

      Victor Mesquita, contrabaixo

     Guilherme Bernstein, regência

11º concerto da OSUFPB 

Temporada 2016


Sala Radegundis Feitosa - Campus I da UFPB

Dia 26 de agosto de 2016

20:00 horas

Entrada franca

Guilherme Bernstein (Regente)

 

O carioca Guilherme Bernstein regeu orquestras como maestro convidado por todo o Brasil e também na Europa, Rússia e  Israel. Foi regente da orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Diretor Musical da “Ópera no Bolso” e Diretor Musical da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, conjunto de ponta do projeto de inclusão social “Música nas Escolas de Barra Mansa”, onde sua atuação foi fundamental para elevar o grupo à posição de destaque  que hoje desfruta na cena musical brasileira. 

Composições suas como o Concerto para Piano e a Serenata para Cordas, ambas publicadas pela Academia Brasileira de Música, têm sido executadas pelo Brasil e no exterior e sua ópera de câmara “O Caixeiro da Taverna” foi apresentada com grande sucesso na Teatro São Pedro, São Paulo. Foi também premiado pela trilha sonora do filme “O Outro Lado da Rua” (Melhor Filme C.I.C.A.E Panorama do Festival de Berlim, 2004; Melhor Trilha Sonora, Festival de Natal 2006). 

Guilherme Bernstein completou seus estudos básicos, bacharelado e mestrado na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aperfeiçoando-se com Harold Farberman nos EUA. É professor de regência orquestral e regente da orquestra da Universidade  do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, instituição pela qual obteve seu doutorado. 

Eduardo Lima (clarinete)

 

Natural de João Pessoa-PB, é Bacharel laureado em clarinete pela UFPB e diplomado pela Escola de Música Athennor Navarro – PB, onde iniciou seus estudos musicais aos nove anos de idade. Seus principais professores foram Amandy Bandeira, Arimatéia Veríssimo e Carlos Rieiro. É detentor de prêmios em concursos nacionais e internacionais, tais como: 1° prêmio no II Concurso Internacional de Música Melos (Itália), vencedor do II Concurso Devon & Burgani para Jovens Clarinetistas, 3° lugar no III Concurso Latino-americano de Clarinete do Clariperu, premiado na Série Jovens Talentos do FIMUS e no Jovens Solistas da OSJPB.

Foi solista frente a Orquestra Sinfônica do Préludio em São Paulo, a Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba e a Orquestra Sinfônica Jovem da UFPB. Com apenas 13 anos fez sua primeira turnê internacional, e desde então vem atuando em diversos grupos camerísticos e sinfônicos como a Orquestra Sinfônica da UFPB, Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba, Orquestra Sinfônica Jovem da UFPB, Orquestra Sinfônica Infantil da Paraíba, Camerata Juvenil da Paraiba, Banda Sinfônica José Siqueira, entre outros. Atualmente é músico da Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa (OSMJP) e professor O Projeto de Inclusão Social através da Música e das Artes na Paraíba - Prima.

Victor Mesquita (baixo)

 

Victor Mesquita iniciou os seus estudos no contrabaixo aos 16 anos, no departamento de música da UFPB com o professor Hector Rossi. Graduou-se pela mesma instituição aos 22 anos.

Foi integrante da Camerata Brasílica e da Orquestra de Câmara de João Pessoa. Em 2006 mudou-se para o estado de Sergipe, onde foi assumir a função de primeiro contrabaixista da Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE), atuando também como solista. Ainda nessa orquestra fez turnês pelo centro-sul do país, tocando em algumas das principais salas de concerto de Brasil, como a Sala Cecília Meireles, Sala São Paulo e Festival de Campos do Jordão.

Em 2010, fez parte de um curso de intercâmbio na University of Georgia - USA. Nesse curso, teve aulas de contrabaixo com o professor Dr. Milton Masciadri. Ainda na UGA, fez recital solo na Edge Recital Hall.           

Em 2015, participou de um masterclass com Tim, na Juilliard School. Participou também das audições da Atlanta Symphony, ficando entre os nove semifinalistas, após uma seleção que contou com mais de cem candidatos inscritos para a vaga.

            Atualmente Victor Mesquita é mestre em música pela UFPB e teve como orientador o Dr. Luciano Carneiro. Atua como contrabaixista efetivo da OSUFPB - Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba - e da Orquestra Sinfônica da Paraíba.

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AS OBRAS

Dmítriy Dmítriyevich Shostakóvich (1906 – 1975) foi um compositor russo e um dos mais célebres compositores do século XX.

Shostakovich ganhou fama na União Soviética graças ao mecenato de Mikhail Tukhachevsky, chefe de pessoal de Leon Trotsky, tendo mais tarde uma complexa e difícil relação com a burocracia stalinista. Sua música foi oficialmente denunciada duas vezes, em 1936 e 1948, e foi periodicamente banida. Não obstante, ele recebeu alguns prêmios e condecorações estatais e serviu naSoviete Supremo da União Soviética. Apesar das controvérsias oficiais, seus trabalhos eram populares e bem recebidos pelo público.

 

“A maioria de minhas sinfonias são monumentos funerários. Gente demais, entre nós, morreu não se sabe onde. E ninguém sabe onde foram enterrados. Aconteceu a uma porção de amigos meus. Onde se pode erguer um monumento a eles? Somente a música pode fazê-lo. Estou disposto a dedicar uma obra a cada uma das vítimas. Infelizmente, é impossível. Dedico-lhes, então, toda a minha música.”

DMITRI SHOSTAKOVICH

Quarteto de Cordas Nº 8, Op. 110 e Sinfonia de Câmara, Op. 110a 

Arranjo de Rudolf Barshai (1960)

 

O Quarteto de Cordas No. 8, dedicado à memória das vitimas da guerra e do fascismo, foi escrita em Dresden entre 12 e 14 de julho de 1960.

A composição deste quarteto se deu simultaneamente com a música para o filme “Five Days – Five Nights (Cinco dias – cinco noites). O compositor disse que o tema deste quarteto foi sugerido pelo filme e pelas lembranças das pessoas que viveram sobre o julgo do facismo e experimentaram os horrores da guerra.

Neste quarteto, Shostakovich recorre pela primeira vez à citação de temas e afinações de outras obras suas, tais como da Primeira, Quinta, Décima e Décima-primeira sinfonias, ‘Lady Macbeth de Mzensk’ e seu Piano trio. Em cada movimento há um tema onde se encontra as notas Ré, Mi-bemol, Dó e Si que formam um anagrama do nome Dmitri Shostakovich.

O arranjo deste quarteto para orquestra de cordas, feito por Rudolf Barshai (amigo pessoal de Shostakovich), foi autorizado pelo compositor.

Serge Alexandrovich Koussevitsky nasceu em 14 de julho de 1877 na cidade de Vyshny Volochyok (hoje conhecida como Tver Oblast), que fica a cerca de 250 km de Moscou, Rússia.

Oriundo de uma família de músicos, Koussevitsky iniciou bem cedo os estudos no trompete. Mais tarde, recebeu uma bolsa de estudos para estudar contrabaixo no Instituto Músico-Dramático de Moscou. Aos vinte anos ingressou na orquestra do Teatro Bolshoi, e após sete anos substituiu o seu professor no posto de primeiro contrabaixo da orquestra.

Nesse mesmo ano, Koussevitsky iniciou a sua carreira como solista, tendo realizado o seu primeiro concerto em 25 de março de 1901.

Em 1905 saiu do Bolshoi e mudou-se para Berlim, onde iniciou os estudos de regência com Arthur Nikisch. Três anos mais tarde ele estreou como maestro regendo a Filarmônica de Berlim. No ano seguinte Koussevitsky retornou à Rússia e montou a sua orquestra e também a sua editora de livros e partituras, Éditions Russes de Musique. Após a Revolução Russa de 1917, ele aceitou o posto de maestro da Orquestra Filarmônica do Estado de Petrogrado, onde permaneceu por três anos até fixar residência em Berlim e posteriormente Paris. Em 1942, ele mudou-se para os Estados Unidos, onde ocupou o posto de Maestro da Orquestra Sinfônica de Boston, e lá permaneceu até 1949.

Koussevistky morreu no ano de 1951 em Boston, e teve como principais alunos Leonard Bernstein, Samuel Adler e o aclamado maestro brasileiro Eleazar de Carvalho. 

Concerto para Contrabaixo e Orquestra, Op.3

 

O Concerto Para Contrabaixo e Orquestra de Serge Koussevitsky foi composto entre 1902 e 1905 (as fontes variam nesta informação) e possivelmente foi feito com a ajuda de Reinhold Glière, embora esse dado seja questionado.

A obra tem três movimentos, e ao invés de seguir as tendências mais progressistas que estavam em evidência no período, é um exemplo maduro romantismo russo. Koussevitsky dedicou o concerto à sua noiva e o estreou em Moscou, executando-o posteriormente na Alemanha, Paris e Boston. Mas, mesmo com Koussevistsky sendo proprietário de uma editora, o concerto permaneceu manuscrito, e não foi mais tocado após o compositor abandonar de vez o contrabaixo e dedicar-se exclusivamente à regência. Isso ocorreu em 1929, após Koussevitsky gravar o segundo movimento (Andante) com a Orquestra Sinfônica de Boston.

Vários anos após a morte de Koussevitsky, o maestro Alfredo Antonini trouxe o concerto de volta, e este tornou-se um dos principais concertos do repertório do contrabaixo.

Carl August Nielsen (1865 –1931) foi maestro e violinista dinamarquês, reconhecido como o maior compositor do seu país. Crescido no seio de uma família de poucos recursos financeiros mas com aptidão para a música, começou a mostrar as suas capacidades musicais ainda muito novo. Começou por tocar numa banda militar e, em seguida, frequentou o Real Conservatório em Copenhague entre 1884 e Dezembro de 1886. Neste período, tocou nas estreias de Giuseppe Verdi's Falstaff e Otello, na Dinamarca. Em 1916, começou a dar aulas na Real Academia de Música Dinamarquesa continuando ali até à sua morte.

Apesar de, actualmente, as suas sinfonias, concertos e corais serem reconhecidas a nível internacional, a carreira de Nielsen e a sua vida pessoal ficaram marcadas por muitas dificuldades, muitas vezes reflectidas na suas composições musicais. Os trabalhos que produziu entre 1897 e 1904 são, por vezes, atribuídos ao seu período "psicológico", resultado, principalmente, do seu casamento turbulento com a escultora Anne Marie Brodersen. A música que compôs nos primeiros anos foi inspirada em compositores como Brahms e Grieg, mas depressa desenvolveu o seu próprio estilo, inicialmente experimentando a tonalidade progressiva e, mais tarde, divergindo de forma ainda mais radical dos padrões de composição em vigor na época.

Concerto op. 57 para clarinete e orquestra (C. Nielsen)

 

De origem camponesa, Nielsen era um grande defensor do folclore e do nacionalismo musical, não aderindo ao movimento da escola de Schoenberg. Ao assistir um ensaio do quinteto de sopros de Copenhagen, Nielsen ficou impressionado com a qualidade artística dos seus integrantes, e logo dediciu escrever uma série de concertos para cada um dos instrumentistas. O concerto op. 57 para clarinete e orquestra foi escrito em um único movimento e foi dedicado ao clarinetista Aage Oxenvad, com quem o compositor tinha uma estreita relação de amizade. Esta peça está entre as mais complexas do repertório solista para clarinete, tanto por suas dificuldades técnicas (o próprio Oxenvad admitiu que “dominava” apenas 80% da obra), como pelas grandes mudanças de caráter que acontecem subitamente durante todo o concerto, e que muitos afirmam ter relação com a personalidade bipolar de Aage Oxenvad. Essa será a estreia desse concerto na Paraíba.     

OBRAS
SHOSTA
NIELSEN
KOUSSE
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